História e Heráldica

História e Heráldica

constancia antiga-foz do Zezere

História

No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja História está intimamente ligada aos rios e às atividades que eles proporcionavam: o transporte fluvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca.

D. Sebastião elevou-a a vila e criou o concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II, em 1836, mudou-lhe o nome para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal.

Terra de sedução e de poesia, diz a tradição que acolheu Luís de Camões por algum tempo, e a memória do épico faz parte da alma da vila.

A chegada do caminho de ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, a par da construção das barragens, provocaram a decadência das atividades tradicionais e a vila teve de mudar de vida, virando-se para o aproveitamento turístico das suas belezas, do encanto das suas paisagens e da tranquilidade dos seus rios.

Dos tempos antigos guarda a memória dos marítimos e da sua faina, através da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, um dos maiores acontecimentos do seu género em Portugal.

O concelho integra também as freguesias de Montalvo e de Santa Margarida da Coutada, uma de cada lado do Tejo. Em Montalvo, que ainda preserva muito do seu carácter rural, numa paisagem de quintas, hortas e olivais, está em plena atividade uma Zona Industrial que cria postos de trabalho e fixa população. Santa Margarida, que acolhe a maior concentração militar do nosso país, é uma freguesia predominantemente ocupada por floresta, onde se encontra instalado o Parque Ambiental (agora com um Borboletário Tropical) que proporciona excelentes condições para atividades de lazer, de ar livre e de conhecimento da natureza.

Bem servido de acessibilidades, através do caminho de ferro do Leste e da A23, e situado numa zona muito central do país, o concelho de Constância é um pequeno município que guarda grandes riquezas do passado e encara com otimismo o seu futuro, assente na diversidade dos seus recursos e na complementaridade do trabalho da sua população.

António Matias Coelho

 

Heráldica

 CNS  Bandeira Constancia

 

Armas: De azul, com uma oliveira de ouro, sustida, arrancada e frutada do mesmo, acompanhada de duas romãs de ouro, sustidas e folhadas do mesmo e abertas de vermelho. No contrachefe, três faixas, duas de prata e uma de azul, apontando ao pé do escudo. A faixa azul carregada de três peixes, de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Notável Vila de Constância», de negro.

Bandeira: Esquartelada de amarelo e de vermelho. Cordões e borlas de ouro e de vermelho. Haste e lança douradas.

Selo: Circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Constância».

 

Freguesia de Constância

Sendo a freguesia da sede do concelho, é no seu território que se encontram instalados os principais serviços e equipamentos que servem todo o concelho: a Câmara MunicipalCâmara Municipal, a Escola Básica e Secundária Luís de Camões, a Biblioteca Municipal Alexandre O'Neill, o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, a Casa-Memória de Camões, o Jardim-Horto Camoniano, o Pavilhão Desportivo Municipal, a Piscina Municipal, as várias repartições da administração pública e diversos outros serviços.

Constância, que foi chamada Punhete até 1836, é vila desde que D. Sebastião lhe concedeu essa dignidade e criou o concelho em 1571. Mas o lugar, habitado pelo menos desde a época romana, tinha já alguma dimensão e importância económica e estratégica nos finais da Idade Média, surgindo frequentemente referenciado em documentação histórica da época.

A vila, situada no ponto onde o Zêzere desagua no Tejo, sempre foi um lugar muito importante do ponto de vista da estratégia militar. Testemunhos disso são a fortificação que existiu até ao início do século passado junto à confluência, no sítio a que ainda agora se chama Torre, ou as conhecidas dificuldades do exército de Junot, durante a primeira invasão francesa, em 1807, para atravessar a impetuosa corrente do Zêzere.

Constância organizou-se em função da colina e do aproveitamento económico dos rios, vivendo durante séculos do transporte fluvial – quando o Tejo era a principal via de comunicação entre o interior e Lisboa –, da construção e reparação naval e da pesca. A chegada do caminho de ferro, na segunda metade do século XIX, e sobretudo das camionetas de carga, em meados do século XX, ditou o fim da atividade dos marítimos e obrigou a vila a procurar outros meios de vida. O turismo cultural, científico e de natureza tem-se assumido, nos últimos anos, como a atividade potenciadora do desenvolvimento de Constância e do seu concelho.

A Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, com mais de 200 anos de tradição, é um testemunho vivo que vem dos tempos do transporte fluvial e que hoje, mercê da criação das Festas do Concelho, na década de 80, está transformada na grande Festa do Tejo, à qual acorrem muitos milhares de visitantes em cada Páscoa, sendo uma das mais significativas e conhecidas festividades cíclicas de Portugal.

Constância está indissociavelmente ligada à memória de Camões e da sua passagem pela vila que a tradição popular assevera. Sobre as ruínas da casa que o povo garante ter acolhido o épico foi erguida a Casa-Memória de Camões. Um belíssimo Jardim-Horto e um monumento ao poeta reforçam essa profunda ligação e pelo 10 de Junho realizam-se as Pomonas Camonianas, uma exposição-venda de frutos e flores referidos por Camões na sua obra – outro dos grandes momentos culturais da vila e do concelho.

O ambiente poético que Constância proporciona atraiu à vila inúmeras figuras das letras de relevo nacional, como Alexandre O'Neill, Vasco de Lima Couto e muitos outros que a continuam a procurar. Traduzindo essa ideia, o projeto cultural Constância, Vila Poema, lançado em 1990, acabou por se transformar num slogan, uma espécie de sobrenome da vila que está completamente consagrado.

O património construído da vila é muito vasto e rico, com destaque para a Igreja matriz de Nossa Senhora dos Mártires, a capela de Sant'Ana e o pelourinho. A malha urbana do centro histórico, tecida ao longo dos séculos e perfeitamente adaptada à inclinação do terreno, compõe-se de um interessante emaranhado de ruelas, becos e escadinhas que merecem uma visita.

No alto de Santa Bárbara encontra-se instalado o Centro Ciência Viva de Constância – Parque de Astronomia, um dos mais bem equipados do país que, para além de uma vista magnífica, proporciona variadas experiências e oportunidades de conhecer o Céu e a Ciência.

Da freguesia faz parte o lugar de Constância Sul, na outra margem do Tejo, onde, numa colina, se situa a encantadora capela de Santo António. Segundo a tradição, terá sido a segunda construída em Portugal em honra do popular santo, logo a seguir à sua canonização em 1231.

Heráldica

Brasão JFC1

Brasão: escudo de prata, um perle ondado de três tiras de azul e prata, acompanhado de um feixe de três setas de negro, atadas de vermelho, em chefe, uma pena de verde à dextra e um ramo de laranjeira de verde, frutado de vermelho, à sinistra, ambos postos em pala. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "FREGUESIA DE CONSTÂNCIA"

Bandeira: azul. Cordão de borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Constância".

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